9.6.08

NÃO PODEMOS ESPERAR MAIS

Vários povos guerreiros que conquistaram o mundo, aventuraram-se a ir mais além do que todas as vozes diziam, e pensamentos previam... enfim desde cedo existiu sempre alguém que quis despropositadamente fazer história, apenas lutar pelos seus ideais, pelas suas ambições, muitas vezes movidos por interesses bárbaros, mas que contribuíram para o que hoje nós somos. É interessante verificar que esses povos tiveram os seus momentos de glória, deram lugar a outros, e assim sucessivamente, mas o mais importante é verificar que Portugal fez parte deste leque de povos que contribuíram determinantemente para abrir as portas para novos avanços neste pequeno Mundo, com a coragem, determinação, trabalho, esforço, dedicação, e um pouco da necessária inconsciência de querer ir mais além. Nesse tempo o que os Portugueses fizeram mais nenhum povo do mundo ocidental se atreveu a realizar (os espanhóis foram seguidores…), custando a vida a muitos dos nossos antepassados, custando a vida aquele que ainda hoje esperamos que nos venham salvar...., mas que hoje sem o facilitismo da ilusão sabemos que já não podemos esperar. A GERAÇÃO DO PÓS 25 ABRIL, é a única esperança de um país, que não pode esperar que Portugal progrida economicamente pelo acção de um Rei desaparecido que tema em não aparecer, esse esforço tem que partir de uma população de jovens com vontade de vencer, inconformistas, rebeldes, lutadores, trabalhadores…. OS VERDADEIROS SEBASTIÕES!

O DESESPERO DIÁRIO

Eis o que uma simples medida poderia beneficiar os milhares de portugueses que todos os dias desesperam para entrar em Lisboa. Aliás podíamos falar em várias medidas, sem recurso ao velho truque do não dá, vamos estudar, neste momento não há verbas, é o problema do deficit orçamental, Portugal é um país sem recurso para proporcionar qualidade de vida ao seus habitantes, enfim mas lá vamos tendo as obras mégalomanas, algumas indiscutivelmente necessárias mas outras que dariam "pano para mangas.

Pois bem e que tal a Câmara de Lisboa estudar...uhm esta palavra por vezes sai muito cara para os contribuintes, e que tal implementar uma medida que possa repartir o fluxo de entrada dos veículos na cidade. Seria do agrado de todos, dos mandriões, dos madrugadores, dos “transitofóbicos” (todos nós!), possivelmente dos patrões e dos grupos sindicais.

Cada empresa repartia o horário de entrada dos seus colaboradores por um período entre as 8.00 e as 11.00 horas. Podendo o horário de entrada entre os colaboradores ser rotativo. Para os colaboradores teriam a mais-valia de poderem adaptar melhor as suas necessidades fisiológicas ao seu trabalho, os patrões poderiam obter um maior ganho de produtividade dos seus colaboradores, a teoria comprova que o primeiro pilar de motivação dos trabalhadores é a plena satisfação das suas necessidades fisiológicas. Claro que está implícito que quem entrasse mais tarde teria que sair mais tarde assegurando sempre o cumprimento mínimo das 8 horas de trabalho, e pelo menos de 3 horas de trabalho no período da manhã. Os grupos sindicais viriam os seus fieis contribuidores mais felizes sem terem que se degladiarem com o Governo.

Enfim, esta poderá ser apenas uma das micro medidas que poderiam ser implementadas por um período, verificar os seus reflexos na melhoria do congestionamento nas horas de ponta e de seguida utilizar como modelo a adoptar.

Que outras medidas imediatas podem ser implementadas?

CIRQUE DU SAINT BENEDICTE

A todos aqueles que não tiveram a oportunidade de ir ao Cirque du Soleil, não desanimem…

Senhores e senhoras, meninos e meninas o Cirque du Saint Benedicte veio para ficar. São 230 artistas e mais uma numerosa equipa de assistentes (vulgos técnicos de montagem), assessores (vulgos maquilhadores) e secretariado (pessoal das bilheteiras e logística).

Embora a sua origem centenária e os ideais dos seus fundadores serem meras miragens, de 4 em 4 anos o espectáculo revitaliza-se, sendo considerado por muitos não como o novo Circo, mas sim como o último grito das “artes circenses”. Neste espectáculo encontram-se alguns dos mais extraordinários palhaços sem graça, mas genuinamente não conseguem deixar de o serem. Os animais têm sido bem tratados, 10 vezes o ordenado mínimo alimenta a mais domesticada e alheada das feras, fora os biscoitos do saco azul pelas suas boas actuações, ou a possibilidade de assistir ao exclusivo número de dinossauros. Os números de malabarismo são diversificados e criativos principalmente com o tocar dos tambores orçamentais. Irão encontrar os melhores mágicos, pela perfeição com que transformam problemas sérios de uma sociedade na mais curriqueira conversa de café.

Venham assistir aos espectáculos diários, ou às imperdíveis matinés mensais, obrigatório a todos aqueles que pretendem assistir ao culminar de um trabalho de entretenimento árduo.

A entrada é gratuita, condição única proporcionada pelo malfadado patrocínio da EuTuNósTodos – IRS, S.A.

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9.2.08

Pura adrenalina às portas do Inferno


Miguel Barreira autor da fotografia ganhou o 3.º prémio na categoria de Sport Action, do reconhecido "world press photo" captando, tal como o próprio afirma uma situação quase demoníaca, em que o bodyboarder, Jaime Jesus, desaparece durante alguns segundos, uma eternidade na verdade onde a linha que separou o heroísmo do desastre foi muito ténue.

A foto transborda um misto da mais pura adrenalina no exercício fanático de um desporto, e simultaneamente um mergulhar em tantos outros sentimentos que nos prendem e nos fazem apreciar a brutalidade da natureza vs fragilidade do Homem.

Para visualizar a grande vencedora e as restantes fotos de 2007, no site http://www.worldpressphoto.org/ encontrarão tudo, vale mesmo a pena dar uma olhada.

31.1.08

De que te vais mascarar!

Este ano não fujo à regra e já decidi que me vou mascarar, já encomendei uma blaser preto, uma t-shirt preta, umas calças pretas e por fim uma boina preta...pois os mais distraídos pensaram este gajo vai se mascarar de cigano! Nah, na terça-feira de Carnaval vou falar um fuck you de português e vou investir todas as minhas poupanças na bolsa e por um dia esperar sentir-me milionário. Enfim vou ser por um dia aquele que muitos consideraram personagem do ano em Portugal.

Com todo o respeito e admiração.

A pena de morte existe...em Portugal

A conversa é sempre a mesma, tudo se faz para diminuir as tristes listas de espera dos milhares de portugueses que necessitam de ser operados e que não têm recursos para recorrerem aos hospitais privados. Mas a conversa já enjoa tudo se mantém, mas se o problema deve-se à falta de recursos humanos, instalações ou de meios financeiros, há sempre uma solução mais barata que recorrer aos hospitais privados portugueses, mas se calhar pouco conveniente aos lobis...

O turismo hospitalar tem crescido, destacando-se em países como a Tailândia, Indonésia e Índia, que além de oferecerem o tratamento médico bastante menos dispendioso do que o que se pode obter nas clínicas privadas portuguesas, apostam na qualidade de vida do paciente durante e no pós tratamento.

Esses tratamentos médicos são feitos em hospitais que são verdadeiros hotéis, muitas vezes combinados com programas de lazer, além de contarem com uma equipa médica dedicada ao paciente, que normalmente é tratado de forma quase exclusiva, o paciente passa a ser ‘cuidado’ ao invés de ‘tratado’ e o equilíbrio emocional é tido como elemento indispensável. É certo que a presença de pelo menos um familiar, sempre que possível, é um factor importante durante todo o processo de cura, mas isso também não é um problema, só a estada durante uma semana nestes países é tão caro como uma noite numa clínica privada.

Bem sei que em muitas situações em que o período de recuperação é mais prolongado, este tipo de "remédio" não será o mais indicado, pois a distância dos familiares acaba sempre por prejudicar emocionalmente o paciente ou porque não é sustentável essa situação mas se analisarmos a quantidade de casos que estão em listas de espera não compreendem as situações mais graves...vá lá é uma questão de bom senso, coisa rara nas mentes de quem impera.

A solução não é cara, ainda mais com o crescente mercado das viagens low-cost é um forte contributo para que o governo comece a analisar esta solução, acabando com as eternas listas de espera que eleição após eleição serve sempre de bandeira para o Sr. que se segue.

Lá fora principalmente nos EUA e em alguns países europeus as seguradoras recorrem a esta solução para diminuir a despesa, e estou certo que cá podia resolver e acima de tudo fazer com deixem de sofrer todos os portugueses que anos após anos vêm as suas operações adiadas, perdendo a esperança, e sendo sentenciados pelo próprio SNS a uma dissimulada e emocionalmente destrutiva pena de morte...

11.1.08

Lá fora és o maior, cá dentro...!

Os portugueses que emigram ou trazem fortuna, são considerados trabalhadores exemplares, tornam-se cientistas de renome, são os melhores futebolistas do mundo.....temos um vencedor de um prémio Nobel que prefere viver longe do seu país Natal e antigos primeiros ministros que decidem abraçar carreiras de sucesso indo lá para fora. E o nosso actual governante torna-se numa referência como líder no contexto europeu. Estranho principalmente em relação a estes últimos cá dentro nunca foram os maiores, bem pelo contrário e em relação aos primeiros certamente seriam mais uns entre tantos outros.

Mas afinal que mal o nosso país sofre, será que está enfeitiçado... e não é capaz de premiar os melhores, e tornar a sua população activa em trabalhadores exemplares (inclui-se políticos e primeiros-ministros), futebolistas em Péles, ou cientistas em Einsteins. Não na verdade todos sabemos as razões mas todos nós que por cá andamos mais vale vivermos felizes e pensar afinal este país tem tudo o que os outros lá de fora apreciam; bom tempo, boa comida, muitas praias, mulheres e homens bonitos afinal é preciso pedir mais?

10.1.08

Última hora: Beijing, localização do novo aeroporto!

Desde miúdos que sempre gozámos com os chineses por terem os olhos em bico, serem amarelos e pobres almas são sempre os vilões. Com o amadurecimento lá vamos arranjando outros estereótipos, enfim...para o bem e para o mal eles estão na boca do mundo. Desta forma os nossos governantes bem podiam por os olhos neste povo e na sua economia que com todos os seus paradigmas cresce ferozmente. É certo que o seu crescimento pode ser muito contestado mas em alguns aspectos vale a pena aprender com eles! Mas cuidado que o nosso governante não se entusiasme, pinóquio com olhos em bico nunca fez parte do imaginário do futuro desta nação.

A China vai apresentar ao mundo uma das principais obras para as Olimpíadas 2008: o novo aeroporto de Pequim, da autoria de Norman Foster. O maior e mais seguro terminal aeroportuário do mundo terá capacidade para receber 43 milhões de passageiros, obviamente que esta capacidade poderá duplicar, aliás faz parte daquilo que se caracteriza por desenvolvimento de projectos com visão estratégica. Mas o mais surpreendente é o tempo que levou a construir 4 anos, repito, 4 anos.

Só contando com o tempo de decisão, reflexão e todas as tretas que quisermos chamar o actual governo demorou metade do tempo (acreditando que o recente anúncio é para ser levado a sério), friso sem contabilizando com os mais de 30 anos do jogo do empata entre o FCRosa e o FCLaranja.

Mas o que me assusta é o tempo que se espera que demorará a construir aproximadamente 8/9 anos , e se tivermos em conta o túnel do Metro da Praça do Comércio, a A2, as obras do Rossio ou tantas outras obras que se têm feito por aí talvez daqui a uns 20 anos virá nas capas dos jornais com pompa e circunstância o mais pequeno aeroporto de uma capital acaba de ser construído.


Enfim será que é preciso tanto tempo para construir algo, bem mais pequeno e que outros fazem em metade do tempo, ou não será mais um aproveitamento para se irem fazendo alterações ao projecto, com a justificação que o fluxo aéreo inesperadamente começou a crescer a taxas que ninguém podia prever e para isso em vez de 6 biliões a factura duplique... Mas isso também não será problema pois como sempre cá estaremos para pagar, por mais que os cães ladrem (ou não ladrem) a caravana não deixará de passar.