9.6.08

O DESESPERO DIÁRIO

Eis o que uma simples medida poderia beneficiar os milhares de portugueses que todos os dias desesperam para entrar em Lisboa. Aliás podíamos falar em várias medidas, sem recurso ao velho truque do não dá, vamos estudar, neste momento não há verbas, é o problema do deficit orçamental, Portugal é um país sem recurso para proporcionar qualidade de vida ao seus habitantes, enfim mas lá vamos tendo as obras mégalomanas, algumas indiscutivelmente necessárias mas outras que dariam "pano para mangas.

Pois bem e que tal a Câmara de Lisboa estudar...uhm esta palavra por vezes sai muito cara para os contribuintes, e que tal implementar uma medida que possa repartir o fluxo de entrada dos veículos na cidade. Seria do agrado de todos, dos mandriões, dos madrugadores, dos “transitofóbicos” (todos nós!), possivelmente dos patrões e dos grupos sindicais.

Cada empresa repartia o horário de entrada dos seus colaboradores por um período entre as 8.00 e as 11.00 horas. Podendo o horário de entrada entre os colaboradores ser rotativo. Para os colaboradores teriam a mais-valia de poderem adaptar melhor as suas necessidades fisiológicas ao seu trabalho, os patrões poderiam obter um maior ganho de produtividade dos seus colaboradores, a teoria comprova que o primeiro pilar de motivação dos trabalhadores é a plena satisfação das suas necessidades fisiológicas. Claro que está implícito que quem entrasse mais tarde teria que sair mais tarde assegurando sempre o cumprimento mínimo das 8 horas de trabalho, e pelo menos de 3 horas de trabalho no período da manhã. Os grupos sindicais viriam os seus fieis contribuidores mais felizes sem terem que se degladiarem com o Governo.

Enfim, esta poderá ser apenas uma das micro medidas que poderiam ser implementadas por um período, verificar os seus reflexos na melhoria do congestionamento nas horas de ponta e de seguida utilizar como modelo a adoptar.

Que outras medidas imediatas podem ser implementadas?

1 comentário:

MaRuKo disse...

Olha que a medida vai ter dificuldade em convencer patrões. Num país em que sabe haverem muitos casos de fuga ao fisco, a medida que apresentas seria uma boa forma dos empregados fazerem gazeta assim que o seu supervisor saísse porta fora.
Mas se juntares a essa medida a melhoria dos transportes públicos e respectivas vias para incentivar as pessoas a usá-los, diminuindo dessa forma a poluição (tão politicamente correcto nos nossos dias) e o tempo que as pessoas levam a chegar aos seus locais de trabalho, aumentando a sua produtividade e reduzindo o stress das viagens casa-trabalho.
Além disso também seria boa ideia começar a pensar em retribuição não por número de horas de trabalho mas sim por objectivos. É claro que esta medida tem de ser cuidadosamente aplicada e ter contrapeso e medida porque, por exemplo, se o objectivo do médico for o número de pessoas atendidas, convém também que este cumpra a sua função de cuidar da saúde das pessoas...

Abraço