24.10.07

O senhor dos BCP`s

A indústria cinematográfica nacional lamenta-se pela fraca adesão dos espectadores portugueses, e é verdade contra factos não há argumentos, os números comprovam, a opinião dos portugueses é reveladora, enfim não nos podemos conformar é necessário analisar, estudar e solucionar o problema. Se os outros conseguem porque é que nós não, e não falo apenas da indústria hollywoodesca. Em França consome-se maioritariamente filmes franceses, na Nigéria a economia cinéfila tem crescido significativamente, no Afeganistão...

Pois bem, nos últimos tempos tenho dedicado arduamente o meu tempo a analisar esta temática (na sua essência o tempo que levei a escrever este post). E após profunda investigação, desvendei a fórmula para resolver o problema. Para lançarmos a indústria cinematográfica nacional é preciso fazê-lo com estilo, apresentar um argumento arrebatador mas populista. Essencialmente fazer aquilo que as nossas televisões melhor sabem, mas sendo mais perspicazes, devemos copiar dissimuladamente (isto dos direitos de autor é uma roubalheira) um argumento de sucesso dos bifes adaptado à nossa realidade. Fácil não é, e mais ainda quando a nossa sociedade preenche-nos de boas fontes de inspiração, ora vejamos um actual exemplo.

A saga BCP. Tal como o original o pano de fundo da história vai-se revelando ao longo dos filmes. A história tem início milhares de anos antes, quando o senhor dos aneís (BCP´s), o maléfico Sauron (Jargon) com as suas capacidades sobre-naturais ascende ao poder. E blá, blá (o mal necessário de modo a perfazer os 90 minutos - um dos ingredientes fundamentais para o sucesso). E continuando o enredo que interessa... existe um anel (BCP) que é tomado por uma criatura "desprezível" chamada Sméagol (Patepi), Este descobre que o BCP lhe confere poderes extraordinários e que através destes pode praticar actos "maliciosos". Após a realização de tão horripilantes actuações, Patepi entrega o BCP a Frodo (Finhal) e discretamente, desaparece da festa, partindo para descansar e escrever canções. Esse grande feito chama a atenção de Jargon a criatura maligna e poderosa que vinha reunindo forças para dominar cegamente tudo e todos. E aí começa a conceber o plano para a destruição do BCP, nomeando e reforçando os poderes da sua comitiva (Conselho de Supervisão). Durante o percurso de destruição ocorrem batalhas onde o valor e a coragem de cada um são postos à prova, através de intermináveis provas de honra, lealdade e coragem.

Por último deixo um desafio descubram as diferenças (parecem mesmo siameses):

Glossário: Jargon - Jardim Gonçalves; Patepi - Paulo Teixeira Pinto; Finhal - Filipe Pinhal

Sem comentários: